Designer não é Social Media. Será?

Designer não é Social Media. Será?

Eu tenho o péssimo hábito de acompanhar tudo que é grupo do Facebook (mania de véio, né?), mas talvez seja a forma de consumo de conteúdo que mais me lembra o Orkut, e cara, eu adorava o Orkut. Sério. Enfim…

Voltando ao assunto, um desses grupos do Face em particular, tem me feito dar boas risadas com as tretas que aparecem por lá. É um grupo de Design Gráfico. Com um monte de Designers, claro.

Eu não sou de comentar, curtir coisas nem nada, mas eu adoro acompanhar as tretas e muitas vezes, aprendo com elas. Vou citar algumas das minhas tretas favoritas desse seleto grupo. Vamos lá:

1. Os sobrinhos estão “Prostituindo” o Mercado.

A primeira treta é a de valores cobrados pelos designers, e como os tais “sobrinhos”, que tanto falamos por aí nessa nossa querida e preconceituosa área de Marketing, “prostituem” o mercado com preços muito baixos que não valorizam a profissão e bla bla bla.

Caras e caros, não tem termo mais odioso do que esse termo: “Prostituir” o mercado (mentira tem sim, o termo “Mito”, risos, mas um dia escrevo sobre o leite-moceiro, eu prometo, ta?).

Voltando: Esse termo odioso: “Prostituir” o mercado, tem que ser lavado da sua boca e da sua cabeça agora mesmo, bebê. Por que esse termo é bobo e infantil de ser usado. E meu argumento é simples:

Cada um sabe da sua vida. Cada um põe seu preço no seu próprio serviço. O conhecimento e o tempo de trampo não são seus pra você determinar quanto o amiguinho deve cobrar, beleza?

Se os clientes não respeitam o seu trabalho lindo de designer, SE COCE você mesmo pra se posicionar de uma forma melhor no mercado, chuchu.

Para de ficar colocando a culpa do seu fracasso no “sobrinho”. É feio, tá?

Round dois:

2. Designer não é Social Media.

Ô bebê, sério? Não mesmo? Poxa vida.

E você fica putinho porque só aparece trampo pra você desses que tem que ficar fazendo flyerzinho de rede social?

E você é bom demais pra fazer conteúdo e arte ao mesmo tempo? Meu argumento é mais simples ainda:

Não faça, bebê, não aceite o trampo. É simples.

Ou você acha que você, o Alecrim Dourado do design brasileiro, vai mudar a mentalidade de um empresariado machista, escravocrata e racista, xingando quem aceita fazer o trampo?

E veja bem, não estou nem falando de valores aqui nesse tópico, tá? Mas Já passou pela sua cabeça que alguém pode curtir fazer conteúdo e arte ao mesmo tempo, por exemplo?

Já passou pela sua cabeça que alguém pode ser mais esperto e talentoso que você, Alecrim?

Que alguém pode ter esse SUPER talento de ser designer e também conseguir cuidar de rede social? E ainda por cima amar o que faz. Então…

O que você precisa fazer, amorzinho, é deixar as pessoas que precisam do trampo, fazerem o trampo. Ou você sai por aí nos grupos se oferecendo pra pagar boleto de alguém? Bom, eu nunca vi.

Enfim, pare de ficar com discurso bosta no Face, falando que isso está te f*dendo, convenhamos, todo mundo sabe o que tá te f*dendo. É você mesmo (e o leite-moceiro, claro).

O que te incomoda tanto em alguém ser designer e social media ao mesmo tempo, afinal?

Próxima treta…

3. O Glorioso Canva, o Canvão, o Canvoso (pros entusiastas)

Ahhh o Canva, meu amor.

Galera, o Canva é, de fato, uma ferramenta maravilhosa. Não tem como negar mais, tá? O Canva é tipo o Uber, o 99, o Zé Delivery, o iFood… O Canva funciona! Principalmente em fluxos de entregas muito grandes e rápidas, como as de rede social.

Então a treta é a seguinte: Um molequinho vai lá dar a “opinião” dele em relação ao Canva, falando um monte de caca, que o Canva “é tudo igual”, que vai roubar os empregos dos Designers, que é uma ferramenta limitada. Limitadas são suas ideias se você pensa assim. Meu argumento pode parecer meio cruel, mas:

Hoje temos diversas ferramentas pra diversas tarefas e que MARAVILHA que seja assim, Alecrim, você não concorda? Olha só…

Assim como hoje temos o Uber e antes só tínhamos o Busão e o Taxi que a gente pagava 50 pratas só de encostar a bunda no banco (eu mesmo só pegava Taxi quando estava com hemorragia).

A questão é a seguinte: Você não vai parafusar um parafuso com um martelo, certo? E nem pregar um prego com uma chave de fenda, cacete. É isso.

A verdade é que o Canva funciona pra várias tarefas. E tudo bem, Alecrim. Apenas não use se você não quiser, tá? MAS, DEIXA AS PESSOAS!

Odin que me perdoe, mas só pra deixar claro, nessa analogia, o pacote Adobe é o Taxi, tá?

Só pra finalizar na paz

Cada um trabalha da forma que achar melhor e os clientes vão analisar o que lhes cabem, o que a gente precisa parar de fazer é projetar nossos fracassos em uma ferramenta x ou na concorrência y ou em qualquer outra coisa z.

Se posicione, mostre seu trampo, mostre seu valor, seja justo com os clientes e com você mesmo. Seja verdadeiro e se precisar usar uma ferramenta mais simples, não tenha vergonha, use.

Tenha vergonha apenas de ser um fracassado que não se responsabiliza pelos próprios fracassos, porque isso sim vai te impedir de crescer e perceber seus erros, assim como nosso “querido” desGoverno Federal.


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