Faz tempo que eu não escrevo aqui, a vida vai passando e quando a gente olha: PAH, 6 anos.
Não faz tanto tempo assim que não escrevo, mas tenho pensando muito nesse aniversário da Enzima, e é engraçado porque esse texto é mais para mim mesmo do que para o blog, mas achei que seria legal ter essa marca aqui.
Seis anos atrás, a preocupação era: trabalhar com o que a gente gosta de um jeito digno, sem pisar em ninguém, sem palhaçada, sem firula; e seis anos depois, a preocupação continua a mesma, só que agora a responsa é outra, a cabeça é outra.
Em um papo informal, esses dias, eu estava comentando que a gente começou em 2019, e a galera falou assim:
- “Nossa, quando a pandemia estourou, a Enzima não tinha nem um ano ainda.”
Sim, pensando agora e olhando para trás, a Enzima era um bebê no olho do furacão, éramos um pequeno grupo de malucos e malucas trabalhando sem ter nenhum outro lugar para tirar sustento, sem jeito de voltar, e assim a gente foi indo, sem olhar muito para o caminho.
O mais louco de tudo é que na época, eu não achei que a gente seguia um caminho, a gente só queria trabalhar e sobreviver e eu estava redondamente enganado, eu estava muito enganado mesmo. Nussss…
Parecia que seguiríamos a passos largos para viver numa eterna frase do Gato Risonho para a Alice: “Para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve!”.
Como eu disse: eu estava redondamente enganado, a gente sabia sim para onde estava indo. A gente sabia e sabia muito bem para onde estava indo.
Na época, não parecia ser grande coisa isso, mas é essa síndrome de vira-lata que acomete tantas pessoas, inclusive “yo”, que vos fala.
A gente conheceu gente para cacete, aprendeu para cacete, fez projeto para cacete, o mundo mudou umas 30+ vezes nesse meio tempo, foi home office, foi presencial, fez site, fez app, fez identidade visual, fez rede social, fez influencer, fez campanha, fez chover… até chegar nas IAs e eu acabei percebendo que é aí que mora a graça da vida e o porquê é tão importante pensar bem em como você vende seu tempo de vida e mais importante ainda: onde você vai colocar sua preciosa energia.
Eu percebi que a gente gosta mesmo é das mudanças, a gente não é todo mundo, a gente prefere pedir desculpas do que permissão, percebi que a gente sabe jogar sem chuteira, mas ama ferramentas que trazem conforto e facilidade.
Eu percebi que a gente gosta mesmo é de desafio. Gostar talvez não seja a palavra correta, mas a gente corre, digamos assim, confortável no fogo.
Eu percebi que a gente tem uma fonte inesgotável de Criatividade e Força e parece clichê e prepotente falar isso, mas esses seis anos, simplesmente não me deixam mais ser dominado pela tal síndrome do vira-lata, que me contaminou a vida toda. E essa é minha grande vitória desses anos.
Não sou mais um vira-lata para mim mesmo, você que tá lendo esse desabafo de alegria e satisfação também não é, nenhum de nós é. E sabe o que mais? – Mete o louco. Mete o louco porque às vezes, você “acha” que não sabe o caminho, mas o tempo prova que você sabe muito mais do que você pensa.
Valeu demais a todo mundo que fez e faz parte dessa caminhada de seis anos e eu queria dizer que sou muito agradecido a vocês e ao universo por ter colocado cada um de vocês, malucos e malucas, nesse nosso caminho Enzimado.