Identidade visual: Mudar ou não mudar?

Identidade visual: Mudar ou não mudar?

Ultimamente vimos uma galera mudando suas marcas, uma galera de peso, inclusive: Nubank, Burger King, Magazine Luiza, Casas Bahia, Peugeot e por aí vai. Então, neste texto não vou enrolar pra responder: MUDAR, claro! SEMPRE MUDAR. Vamos lá que no final eu explico o porquê do Homem-Aranha aí na capa, beleza?

Pra começar logo com o primeiro argumento: Se essas gigantes citadas acima estão mudando, porque você não mudaria?

Ah, mas a minha marca é tradicional, ah, mas meu avô que escolheu essa cor, ah, mas as pessoas já se identificam. Pessoal, é bem clichê falar isso, tá? Mas o mundo mudou. Tenho certeza que vocês perceberam.

As telas reproduzem cores mais vivas, as informações e referências são muito mais intuitivas. Tudo tem um ícone, tudo é muito rápido. Você até pode não mudar o logo do seu avô, é até bonito mas sinceramente, é insustentável. Além disso tenho certeza que sua empresa não é mais tradicional que uma Casas Bahia da vida… sem maldade.

Beleza, mas adianta tanto assim mudar a Identidade?

Se for bem feita sim. Claro que adianta. Mas vimos algumas marcas mudando e errando. Como todo passo na vida, mudar é doloroso e pode dar errado, principalmente se você escolhe fazer a reformulação sem plano, sem pensar direito.

Caras e caros, eu adoro o Nubank, por exemplo, adoro o roxinho, aquela pegada de ambigrama que tinha no logo antigo, eu achava uma puta ideia. Achava desafiador… mas tem uma galera dizendo aí que eles “exageraram” na mudança.

Então, meu segundo argumento é: Se vai mudar, MUDE! Mesmo com a galera chata de plantão xingando. Se der errado, muda de novo. O importante é que mudar sua marca não precisa mais ser uma dor, já que até o Nubank vai ser criticado não é você que vai passar em branco. O único errado é aquele que não muda.

Beleza, mas como mudar? Pra “onde” mudar?

Num dos episódios do Enzimados Podcast (clica aqui pra ver), nós falamos bastante sobre marcas, sobre mudanças, enfim… e acabamos chegando numa discussão muito louca (e acalorada) sobre como montar uma identidade visual: Baseada em Público alvo na Identidade real da empresa?

A gente não chegou num certo e errado, porque certo e errado não existe nessa discussão, mas chegamos em interessantes pontos de vista, do tipo: É um fato conhecido que a geração Z (nascidos entre 1995 e 2010) representa 20% da população do Brasil e mais de 50% das compras online, o Gustavo até escreveu sobre isso aqui.

E é também um fato conhecido que essa geração não se conecta mais tão facilmente com marcas como as anteriores. Muitos deles nem tem uma marca favorita. O Google fala disso aqui, com dados.

Tá, eu estou enrolando né? Mas eu quero chegar no terceiro argumento:

Na hora de mudar, pense: Você quer montar sua identidade baseada num público que você muitas vezes nem sabe ainda qual vai ser ou montar uma identidade baseada no que sua empresa vai oferecer como verdade?

Digo isso porque nas estratégias convencionais de Marketing, as identidades são sempre baseadas em público alvo e vejo muitas dessas estratégias esquecendo que a nova massa do consumo (geração Z), se conecta mais com autenticidade do que com consumo em si. Fica a dica.

Pra finalizar, uma curiosidade

E também pra explicar a capa deste post: Na década de 80, a Marvel abriu a oportunidade para fãs e anônimos mandarem ideias pras histórias em quadrinhos. Uma das ideias era a reformulação do uniforme do Glorioso Homem-Aranha, adotando uma coisa mais sombria e bem diferente do Azul e Vermelho tradicionais.

A ideia foi desenhada por Randy Schueller que recebeu 220 dólares. Sua ideia foi utilizada um ano depois e até hoje faz sucesso entre os fãs. E estamos falando de um mudança “radical” na década de 80, ok?

Claro que acabei citando exemplos de superempresas e até um super-herói, então você deve estar pensando: Ah, falar é fácil, eu vou gastar maior fortuna pra mudar a marca e se ficar uma m*rda? Faço o que? Eu te entendo, de verdade.

Mas, primeiro que não é nenhuma fortuna, pelo menos não aqui na Enzima e segundo que se os grandes podem, você também pode, por que não? Um dos grandes ganhos que a internet trouxe foi este, justamente dar a oportunidade e voz às empresas menores. Usem.

E se precisar, é só chamar.

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