Não dá mais pra tirar sarro do TikTok, viu?
O tal do TikTok tomou de assalto a Geração Z – nascidos entre o fim da década de 90 e 2015 – e isso levantou uma grande dúvida: Essa geração aí, consome? Compra? Vale a pena ter um TikTok?
Se liga nessa história:
Estamos trabalhando em casa já faz um tempinho por conta da Covid-19, né? E vira e mexe tem reunião com clientes, via vídeo, e minha filha fica só de orelha, ouvindo as conversas.
Ela é muito interessada em artes e redes sociais, então sempre que rola um desenvolvimento de Identidade Visual ou o nome “TikTok” aparece na conversa, ela já fica “curiando”.
Enfim, esses dias um cliente perguntou na reunião:
– E esse TikTok, ein? Vale a pena?
Eu sou daqueles que acha que tudo que é divulgação vale a pena. No caso do TikTok, acho mesmo que vale, mas pra confessar, na hora eu não tinha muitos argumentos pra defender minha tese.
O cliente acabou falando que estava em dúvida porque só via criança e adolescente no TikTok. Como eu disse, eu não tinha argumentos pra provar o contrario e falei, é verdade. Nisso você está certo.
Olho pro lado: Minha filha em pé, olhando pra minha cara, com o dedo em riste e uma sobrancelha só esticada pra cima (tipo pedindo permissão pra falar, rsrs).
Eu pedi licença ao cliente.
– Que foi, filha?
– Não é com você, é com o seu cliente
– Oxi, o que você quer falar com o cliente?
– Papi, eu sei tudo de TikTok
– Ok, né? Então fala aí
Abri o microfone, apresentei a fera aos clientes, todos se divertiram, normal. Mas o que a gente não esperava é que ela ia arrebentar na apresentação. Ela disse:
– Claro que crianças não compram, a gente não tem dinheiro. Mas os pais vão comprar o que as crianças pedirem, e as crianças vão olhar o que querem no TikTok (é muito engraçado ela falando de criança como se ela não fosse).
E finalizou com:
– O TikTok ainda pode ser uma rede social cheia de crianças, mas e daí? Crianças podem não comprar mas elas consomem. E os pais pagam pelo que elas veem no TikTok, ou seja crianças “compram” sim (fez os gestos de aspas com os dedos).
Ficamos em silencio uns 30 segundos.
No outro dia, o cliente abriu o TikTok da empresa.
Pra saber mais sobre a Geração Z, se liga neste texto aqui do meu enzimado favorito, Gustavão: Você não é mais o público-alvo. E agora?